Conhecida como “a doença mais antiga do mundo” – é citada inclusive na Bíblia Sagrada -, a hanseníase ainda traz consigo alguns estigmas sobretudo relacionados a contágio. Por isso a importância da definição, pela ONU, do 29 de janeiro como Dia Mundial do Hanseniano. Sempre é tempo de esclarecer:
- O nome “hanseníase” se refere ao descobridor do microrganismo causador da doença, Gerhard Hansen.
- A doença também é conhecida como lepra, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro. É causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta os nervos e a pele.
- É endêmica (específica de uma região) em certos países tropicais, em particular na Ásia.
- O Brasil ainda tem índices de ocorrência alarmantes, com 2,7 acometidos a cada 10 mil habitantes. A eliminação da doença é uma meta para as políticas de saúde pública no país.
- Provoca, na maioria dos casos, manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhadas. Nos locais afetados, o paciente perde a sensibilidade ao calor e ao frio, diminuindo também a sensação de dor.
- É uma doença contagiosa, transmissível por secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro. Mas a pessoa acometida deixa de transmitir a doença assim que inicia tratamento regular. Não há necessidade de confinamento do paciente.
- O tratamento se dá através da associação de antibióticos, durando entre 6 e 24 meses, dependendo da gravidade da doença.
- Quando não tratada, a doença pode causar incapacidades ou deformidades.
Muitos empregados da categoria trabalham em instituições que assistem hansenianos. A todos vocês, que lidam no dia a dia com o preconceito que ainda cerca a doença e oferecem tratamento humanizado aos doentes, contribuindo com a redução dos casos e com a educação da população, nossos cumprimentos. A missão não é fácil, mas enxergar os avanços é fundamental para prosseguir nesse trabalho tão valoroso. Parabéns!