Em 1º de maio de 1886, trabalhadores norte-americanos fizeram greve e foram às ruas de Chicago para pedir a redução da carga horária, de 13 para 8 horas diárias. A manifestação foi bem sucedida e por isso, três anos depois, a data foi escolhida em um congresso da Internacional Socialista como Dia do Trabalho.

A história mostra que a data de hoje é, desde sua origem, uma data pela coletividade. Ou seja: não é um momento para se comemorar as conquistas profissionais individuais, e sim para reforçar a importância da união. E estarmos unidos nunca foi tão necessário.

As ameaças à força produtiva do Brasil permanecem pairando. No Congresso, representantes de grandes empresários e do agronegócio buscam a todo momento retirar direitos e flexibilizar conquistas. O salário mínimo ficou muitos anos sem ganho real. O achatamento salarial de várias categorias é uma triste realidade. A aposentadoria está mais distante e com valores menores desde a última Reforma da Previdência. Os sindicatos foram enfraquecidos.

Por tudo isso, o dia de hoje é para levantarmos a cabeça e arregaçarmos as mangas. É dia de usarmos nossas mãos, que tanto produzem o ano inteiro, para apoiar e convidar para a luta. Quanto mais os trabalhadores se percebem como classe, que tem força e voz, mais estaremos nos protegendo e avançando.