Dívidas são um assunto delicado. Muitos problemas podem surgir se não soubermos lidar bem com elas.

Normalmente consideramos que estamos endividados apenas quando não estamos dando conta de pagar os nossos compromissos. Isso não é verdade. Quando não conseguimos pagar as dívidas assumidas, já estamos em um patamar de endividamento muito preocupante, que é o ENDIVIDAMENTO EXCESSIVO.

Na verdade, toda vez que consumimos algo e não pagamos naquele exato momento, estamos assumindo uma dívida.

É comum deixarmos muitas coisas para pagamento futuro. Daí a importância de controlar de perto os gastos, principalmente os a prazo, para que o acúmulo de contas não leve ao descontrole do orçamento.

ORIGENS DAS DÍVIDAS

DESPESAS SAZONAIS – As despesas que ocorrem em determinada época do ano, como pagamento de IPTU, IPVA, Imposto de Renda ou material escolar, ou ligadas a datas comemorativas, como Natal e aniversários, nem sempre são observadas ao se fazer um planejamento. Isso pode implicar desembolsos “inesperados”, que geram necessidade de empréstimos ou financiamentos.

MARKETING SEDUTOR – As técnicas de vendas e a tecnologia usadas pelos profissionais de marketing levam a compras não planejadas ou realizadas por impulso, podendo provocar desequilíbrios orçamentários. Convém estar atento aos atrativos do marketing sedutor e ao compromisso com o cumprimento do seu planejamento financeiro.

ORÇAMENTO DEFICITÁRIO – É comum encontrarmos pessoas desejando e usufruindo um padrão de vida acima do padrão de renda que possuem. As facilidades determinadas pelo crédito fácil muitas vezes comprometem a situação financeira das famílias. Cuidar do orçamento de forma a estar sempre superavitário deve ser uma busca constante.

REDUÇÃO DE RENDA SEM REDUÇÃO DE DESPESAS – A perda de emprego ou de parte da renda familiar sem a devida redução nas despesas pode levar ao endividamento excessivo. Ao deparar-se com uma redução de renda, é fundamental fazer uma cuidadosa revisão do orçamento, adequando as despesas à nova realidade.

DESPESAS EMERGENCIAIS – Imprevistos acontecem. Uma batida no veículo ou problemas de saúde na família são exemplos corriqueiros. Entretanto, nem sempre estamos preparados financeiramente para superar esses obstáculos. Fazer uma poupança para cobrir eventualidades é importante para não cair no endividamento. Outra forma de tratar as despesas emergenciais é por meio da prevenção, fazendo um seguro.

SEPARAÇÃO DE BENS, MAS NÃO DOS GASTOS (DIVÓRCIO) – Muitos casais, ao terminarem o relacionamento, separam-se e dividem os bens que possuíam. Alguns gastos que eram únicos ao casal, como contas de água, luz e condomínio, agora têm de ser pagos de forma individual. Ou seja: enquanto antes existia uma conta, agora existem duas. Eventualmente pode haver, inclusive, o pagamento de pensão alimentícia. Obviamente, ambos têm de se ajustar a essa nova realidade para evitar o endividamento.

POUCO CONHECIMENTO FINANCEIRO – O fato de as pessoas desconhecerem produtos financeiros também é determinante para que fiquem endividadas. Não conhecer o impacto que o pagamento de juros pode causar no orçamento e a não leitura dos contratos firmados são situações que contribuem para o processo de endividamento.

No próximo post, o tema será: CONSEQUÊNCIAS DO ENDIVIDAMENTO EXCESSIVO.

Fonte: Banco Central do Brasil